As semelhanças entre Japão e Portugal são muito poucas mas estou espantado com as coincidências.
Na passada segunda-feira fui passear com a minha família até Castelo de Bode e no caminho deparei com um cenário que me reportou para o Japão.
Era uma casa cheia de espantalhos, ou bonecas, que observavam quem passava na estrada.
A coincidência é que em Nagoro na ilha de Shikoku no Japão, a única das principais que ainda não tive oportunidade de conhecer, existe uma aldeia praticamente abandonada em que moram menos de 27 pessoas e que uma japonesa, Tsukimi Ayano, decidiu não deixar morrer criando espantalhos ou bonecos em tamanho real de pessoas imaginárias ou reais que viveram no local.
Hoje em dia existem mais de 400 bonecos à sua espera para animar a sua viagem por Shikoku.
Numa altura em que se defende o distanciamento social, não me espanta que estes espantalhos sejam a mais segura multidão em que podemos nos misturar.
O Japão tem um costume muito antigo de criar bonecos sejam pequenos ou grandes, e das mascotes às kokeshi, todas ficam bem no boneco.
Existem concursos de mascotes por todo o Japão, e até o Cosplay é uma forma de dar vida a bonecos imaginários.
Mas uma das mais extraordinárias, e das mais antigas, artes de dar vida a bonecos é a de Bunraku, ou a arte de dar vida a marionetes de madeira. Sendo que algumas surgem em tamanho quase real. São precisos 3 titereiros para operar uma marionete.
Existem muitas histórias representadas em Bunraku, mas infelizmente cada vez há menos público.
E esta é uma arte do Japão que não pode parar de mexer.
Apesar de não ser possível, até à data, estrangeiros viajarem para o Japão em modo turístico, não precisa de ficar a olhar para o boneco.
Há muitas visitas virtuais que a JNTO está a organizar e que podem ser divertidas.
A próxima, é no Sábado dia 29. Se acompanharem o facebook da JNTO, eles irão emitir um link para assistir a essa viagem virtual.
Há também visitas virtuais a museus como o do museu da paz de Hiroshima, no âmbito dos 75 anos do fim da guerra, e do lançamento das bombas atómicas. Eles abrem as suas portas virtuais para o mundo não esquecer o quão a guerra não tem sentido.
Uma bebida que merece um brinde por ter sido, justamente, reconhecida pela Unesco como património cultural imaterial da Humanidade.
Neste vídeo faço um apanhado da segunda parte de Tokyo há 20 anos. Demorou um pouco mais do que esperava mas não queria deixar de publicar antes da minha próxima viagem ao Japão. Posteriormente farei um video comparativo com o Japão 20 anos depois, mas agora viajem ao passado e divirtam-se.
Hanabi é uma tradição de Verão que pode ter os seus dias contados. Estes fogos de artifício já começam a dar mais problemas do que alegrias para alguns japoneses. Será que este fogo será extinto da cultura japonesa?
Bronze contra o Japão, que emoção. Mas não é por isso que a atleta japonesa deve cometer Seppuku. Há comentários que me dão a volta à barriga mas não é por isso que a vou cortar.
Tokyo já não é o que era há 20 anos. Tokyo mudou, o Japão mudou, o mundo mudou. Mas é engraçado de vez em quando olharmos para trás e ver que, apesar da mudança, há coisas que se mantêm. Se tem curiosidade de conhecer Tokyo há 20 anos, veja este vídeo.
Se está interessado em Manga e quer saber curiosidades sobre a Manga em Portugal assista a este vídeo. Para além de uma breve história sobre o surgimento da Manga no Japão e a sua evolução também lhe conto como se comporta esse mercado em Portugal com uma entrevista à editora pioneira de Manga em Portugal: A Devir.
Uma experiência japonesa sem ter que ir ao Japão. Porque não? Saiba mais neste artigo.
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