
Os japoneses têm muitos costumes e etiqueta dos quais eu sou fã, mas há um que eu adoro acima de todos os outros: Omiyage.
É um costume que existe noutros países como os souvenir em França ou lembranças por cá.
Mas para os japoneses é quase uma indelicadeza ir visitar alguém ou chegar de uma viagem e não trazer uma lembrança, seja um salgado, um doce ou mesmo uma peça de artesanato.
Tenho a sorte de ter uns amigos japoneses, e eles passam algum tempo no Japão, e outro cá. Como sabem que eu gosto muito da cultura japonesa, sempre que regressam trazem-me algo novo para experimentar. Desta vez foram uns Okashi que são doces japoneses. É caso para dizer que os japoneses são uns doces.
Okashi, inicialmente usado para referir frutas e nozes, são, hoje, sinónimo de doces/aperitivos japoneses e no Japão existem um sem número deles. Cada região e muitas vezes cada casa tem um característico. Um pouco à semelhança dos nossos doces tradicionais. Os wagashi que são doces típicos japoneses, usados nas cerimónias do Chá e outros eventos tradicionais são os mais apreciados por mim. Podem ser feitos de mochi, anko ou frutas.
Mochi - tem como base o arroz
Anko - Tem como base feijão azuki
Frutas - tem como base frutas da época
São usados na cerimónia do chá porque contrastam com o amargo do matcha e criam uma harmonia de sabores.
O wagashi é escolhido de acordo com a época ou o estado de espírito do anfitrião.
Wagashi são classificados de acordo com o nível de humidade e o método de fabrico.
Dividem-se em 3 grandes grupos de acordo com o nível de humidade, o que afeta a sua validade:
Namagashi 生菓子 - contêm 30% ou mais de humidade
Han namagashi 半生菓子 - contêm entre 10% e 30% de humidade
Higashi 干菓子 - contêm 10% ou menos de humidade
Quanto mais humidade menor é a sua validade.
Kyoto é, muito provavelmente, a cidade onde existem mais variedade e história de wagashi.
Talvez por ter sido a capital do Japão por mais de 1000 anos e por ainda se manter como a capital cultural. Todas as artes tradicionais têm nesta cidade um carinho e cantinho especial. Uma dessas artes é a da cerimónia do chá e consequentemente a dos wagashi.
É também nesta cidade que se pode encontrar um dos mais antigos wagashi, o Aburi-mochi.
É um doce de arroz que é servido numa espetada de bambu. É coberto com pó de feijão de soja e grelhado no carvão. É servido numa de duas casas que estão perto do templo Imamiya-jinja. Não fica muito longe do pavilhão dourado Kinkaku-ji. Essas casas são Kazariya e Ichiwa.
Kazariya tem uma história de cerca 600 anos, enquanto Ichiwa está aberta há cerca de 1000 anos.
Apesar de competirem uma com a outra, a atmosfera que se sente é muito relaxante, quando não está cheia de turistas.
Há muito mais lojas especializadas wagashi em Kyoto, mas uma das minhas preferidas é a cadeia de lojas Toraya. Aliam a modernidade com a tradição, como é típico dos japoneses.
Existem pelas principais cidades do Japão. Se estiver de visita a este maravilhoso país não deixem de provar um destes maravilhosos doces. Vão ver que sabe bem.
Japão fez história ao dar mais um passo na igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, desfazendo aos poucos a ideia de sociedade machista japonesa.
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Hoje faz 80 anos que foi lançada a primeira das duas únicas bombas atómicas usadas contra a humanidade. Passaram-se 80 anos mas é bom que ninguém se esqueça disso para não repetirmos os mesmos erros do passado.
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Hoje faz 40 anos que foi fundado os estúdios Ghibli que foram a origem da minha curiosidade sobre a cultura japonesa.
Um artista que nos ensina a diferença entre a arte da vida e a arte da guerra.
Uma bebida que merece um brinde por ter sido, justamente, reconhecida pela Unesco como património cultural imaterial da Humanidade.
Neste vídeo faço um apanhado da segunda parte de Tokyo há 20 anos. Demorou um pouco mais do que esperava mas não queria deixar de publicar antes da minha próxima viagem ao Japão. Posteriormente farei um video comparativo com o Japão 20 anos depois, mas agora viajem ao passado e divirtam-se.